O projeto Quarantine surge da atenta reflexão sobre os grandes desafios que o mundo enfrenta devido à pandemia de Covid-19 e mais especificamente do seu impacto no campo das artes visuais. A crise atual tem fortalecido a importância da cooperação entre todes e da redistribuição mínima de condições materiais como as únicas possibilidades de superação do vírus, convidando-nos a repensar estilos de vida, alianças, formas de contribuição e maneiras de atuação profissional. Diante desta realidade de suspensão das certezas e do cotidiano, propomos um experimento coletivo de re-imaginação de modelo econômico para as artes. Trata-se de uma espécie de cooperativa de artistas do Brasil, em que todos os trabalhos têm o mesmo preço e o que for vendido tem seu valor repartido igualmente entre xs participantes. Uma cota extra foi criada para ser doada para o fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pelo Covid-19 e assistidas pela Casa Chama, uma organização civil de ações socioculturais com foco em artistas transvestigêneres.
Quarantine é, portanto, um projeto para incentivar a produção e venda de trabalhos durante e de acordo com as condições de quarentena (em casa, com os materiais e instrumentos disponíveis). As obras foram realizadas em suportes (desenhos, gravuras digitais, arte sonora, vídeos, fotos, textos, instruções etc) que possam ser enviados digitalmente e serem realizados (baixados, impressos e/ou executados) pelx compradorx também em condições de quarentena. Os trabalhos só serão visualizados pelas pessoas que os comprem. Há a intenção de fazer uma exposição online com as proposições desenvolvidas no projeto ao fim do período de distanciamento social e luta contra a pandemia no Brasil.
Participam do projeto:
Arissana Pataxó (em breve)
Cinthia Marcelle e Diran Castro
Clara Ianni (em breve)
Daniel Lie (em breve)
Marcia Xavier (em breve)
Mariana de Matos (em breve)
Sara Ramo (em breve)
Coordenação: Lais Myrrha, Marilá Dardot, Cristiana Tejo e Julia Morelli