Leon Ferrari
Pintor, gravador, escultor, artista multimídia, León Ferrari iniciou seu trabalho como escultor na Itália, onde residiu por três anos, com sua família. Na década de 40 começou a pintar retratos e a desenhar quadros de flores, embora nunca tendo cursado formalmente uma escola de belas artes. Já na década de 50 realiza sua primeira exposição individual na Galeria Cariola, em Milão, algo que o levou na década seguinte a fazer esculturas, abandonando assim sua produção abstrata.
Em 1976, durante a ditadura militar na Argentina, exilou-se na cidade de São Paulo, regressando definitivamente ao seu país em 1991.
Com sua obra mais conhecida, La Civilización Occidental y Cristiana ganhou o Leão de Ouro da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, em 2007. Ganhou o prêmio de melhor exposição do ano, em 1983, da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA.
Considerado o maior artista plástico da Argentina, Ferrari foi um crítico ferrenho da Igreja Católica e da ditadura militar na Argentina, o que é evidente em grande parte da sua produção. Chegou a ser chamado de “blasfemo” pelo atual papa Francisco, à época em que este era o Arcebispo de Buenos Aires.
Faleceu em Buenos Aires, sua cidade-natal, aos 92 anos, em decorrência de um câncer.