BRUNO BAPTISTELLI
Foto: Daniela Ometto
Bruno Baptistelli nasceu em 1985, em São Paulo.
Hoje, vive e trabalha em São Paulo. Graduado em artes visuais pela UNICAMP, utiliza diversas mídias em sua prática, incluindo desde a pintura à instalações e trabalhos site-specific.
A obra Aquitáfoda II, apropriou-se da linguagem visual do Metrô de São Paulo para a reapresentar no contexto da exposição Acareação (curadoria de Germano Dusha, 2015), de maneira a manejar ícones ligados a um espaço público transitório para depois inseri-lo em um âmbito privado e cuja sonoridade do título remete à fonética do tupi-guarani presente nos nomes de outras estações, como Anhangabaú, Tatuapé.
A comercialização da série Aquitáfoda na 55SP visa arrecadar fundos para o projeto do artista que acontecerá no 2o semestre de 2021 no Espaço C.A.M.A.
Ano: 2015
Medidas: 42 x 29 cm
Técnica: serigrafia em papel rives 180
Edição: 25 + 5 PA
valor sem moldura
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O cartaz produzido para o contexto da exposição se apropria de uma imagem que documenta a situação desumana que nos acomete corriqueiramente no contexto do transporte público de São Paulo. Com igual objetividade, no texto que a acompanha, e que também dá título ao trabalho, lemos uma expressão popular que pode ser utilizada com sentidos extremamente opostos: de maneira elogiosa ou como desabafo diante de um sentimento de insatisfação e exaustão.
Nesse sentido, o pôster pretende ser, para aqueles que o encontram nas ruas, no Metrô e na exposição (somente para retirada), uma espécie de espelho do que vivemos na cidade. Ao fazer pensar sobre a evidência de um status quo profundamente indesejável mas ao qual reagimos passivamente todos os dias, se vale de um mecanismo de instantânea simplicidade e, não raro, de tom jocoso. Aqui, reforça-se a linguagem coloquial e compartilhada em âmbito comum pela junção das palavras criando uma dicção única, que aponta também para o potencial de viralização das hashtags.
por Germano Dushá
A segunda parte do projeto apresenta uma placa de sinalização que apropria-se da linguagem visual do Metrô de São Paulo para a reapresentar no contexto da exposição, de maneira a reproduzir e manejar ícones ligados a um espaço público transitório para depois inseri-lo em um âmbito privado com alguma abertura ao público. A partir da identificação imediata operada pelo imaginário social norteado por resoluções gráficas, forja nova realidade ao fundar uma possível estação de metrô: Aquitáfoda, cuja sonoridade remete à fonética do tupi-guarani presente nos nomes de outras estações, como Itaquera, Anhangabaú, Tatuapé, etc. A cor verde da placa, já presente na natureza do local expositivo, reforça o deslocamento contextual e dá novo significado à própria configuração espacial e arquitetônica do Observatório.
Texto por Gemano Dushá
para a exposição Acareação (São Paulo, 2015)
Bruno Baptistelli tamém participou da Ocupação 55SP no Cartel 011 em 2017, saiba mais no link abaixo